segunda-feira, 30 de julho de 2007

Passatempo de Verão IV

Este passatempo é para todo o ano: no que toca à separação de lixos, temos as tradicionais garrafas de vinho e as de cerveja e outros vidros: há que atirá-los com muita força e galhardia para dentro do vidrão. Hihi...é cá um estrondo!!

Se estiveres na praia, podes passar o tempo a recolher a lixeira à tua volta. O ambiente agradece.

Passatempo de Verão III



Sair à rua e fazer a contagem (rigorosa) das pessoas cujo primeiro tema de conversa é o clima ("Epá, a chuva nunca mais se vai embora!"; "Com este calor, hoje não se pode sair à rua"). Fazer de novo a contagem e verificar se, não sendo primeiro, é logo o segundo tema...

Passatempo de Verão II

Passar os olhos pelas revistas do cor-de-rosa e afins e contar o número de reportagens fotográficas a envolver jogadores de futebol e gente ligada a esse universo. Nas primeiras 30 páginas da Nova Gente desta semana pelos menos 9 referências fotográficas a famosos ( e menos famosos) futebolistas...

Passatempo de Verão I


Durante este Verão, dá a tentação de jogar ao "Onde está o Wally?" Só que agora troquem "Wally" por franceses. Analisando por entre a fauna urbana, aquele(s) que têm a sapatilha imensa e de marca, a camisola grande, o cabelo aprumado, um ou outro piercing (na orelha de preferência), aqueles nas proximidades de um carro de luxo e não visto ultimamente (cuja matrícula confirmo depois ser amarela ou branca(estes são suíços)), que andam em grupo e neste fala um de cada vez e de forma calma e em tom moderado, todos eles são franceses. Um pai que conversa com um filho numa esplanada, um conjunto de raparigas, bem vestidas, modernas e em grupo, tudo são franceses. Estão a ver onde está o Wally? Se não, acho que devíamos estar mais atentos e praticar mais este passatempo de Verão.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Um amor de blogue ou as virtudes de escrever bem a língua pátria

As dúvidas, as perplexidades, as questiúnculas, as dificuldades sobre a nossa magna língua estão neste sítio:

http://embomportugues.blogs.sapo.pt/

sábado, 21 de julho de 2007

Uma cidade romana: Balsa

Em pleno Algarve, uma cidade romana de dimensões consideráveis continua por descobrir. "Balsa", talvez o maior monumento romano algarvio, foi um porto comercial perto da actual Tavira que teve o seu apogeu no século II da era cristã, mas que, apesar de todos os esforços, ainda não foi devidamente explorado por se encontrar em mãos de proprietários privados que a têm delapidado criminosamente durante as últimas três décadas. A burocracia e o manifesto desinteresse dos sucessivos governos têm também compactuado negligentemente com as pilhagens e a destruição contínua desta cidade romana, cuja verdadeira importância apenas se intui, mas que vários investigadores pensam ter sido mais relevante do que Conímbriga - que seria uma mera cidade da "província". É nessa direcção que apontam os vários vestígios arqueológicos e arquitectónicos já encontrados e localizados, dos quais consta um hipódromo com 300 metros de comprimento, sendo que "a maior colecção de objectos romanos do Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, é proveniente desta cidade"(http://www.portugalweb.net/castelos/noticias/07/150307.asp)...

Não dá vontade de conhecer e proteger Balsa?


LER
MAIS em: http://balsa-romana.blogspot.com/

http://arkeotavira.com/index.html

http://imprompto.blogspot.com/2007/05/balsa-cidade-perdida.html

Há também um artigo compreensivo publicado no jornal Expresso sobre Balsa.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Este poema é um aroma que nos enlaça...


Sozinho, no cais deserto, a esta manhã de Verão,

Olho pro lado da barra, olho pro Indefinido,
Olho e contenta-me ver,
Pequeno, negro e claro, um paquete entrando.
Vem muito longe, nítido, clássico à sua maneira.
Deixa no ar distante atrás de si a orla vã do seu fumo.
Vem entrando, e a manhã entra com ele, e no rio,
Aqui, acolá, acorda a vida marítima,
Erguem-se velas, avançam rebocadores,
Surgem barcos pequenos de trás dos navios que estão no porto.
Há uma vaga brisa.
Mas a minh'alma está com o que vejo menos,
Com o paquete que entra,
Porque ele está com a Distância, com a Manhã,
Com o sentido marítimo desta Hora,
Com a doçura dolorosa que sobe em mim como uma náusea,
Como um começar a enjoar, mas no espírito.

Olho de longe o paquete, com uma grande independência de alma, E dentro de mim um volante começa a girar, lentamente,

Os paquetes que entram de manhã na barra
Trazem aos meus olhos consigo
O mistério alegre e triste de quem chega e parte.
Trazem memórias de cais afastados e doutros momentos
Doutro modo da mesma humanidade noutros pontos.
Todo o atracar, todo o largar de navio,
É — sinto-o em mim como o meu sangue -
Inconscientemente simbólico, terrivelmente
Ameaçador de significações metafísicas
Que perturbam em mim quem eu fui...

Ah, todo o cais é uma saudade de pedra!
E quando o navio larga do cais
E se repara de repente que se abriu um espaço
Entre o cais e o navio,
Vem-me, não sei porquê, uma angústia recente,
Uma névoa de sentimentos de tristeza
Que brilha ao sol das minhas angústias relvadas
Como a primeira janela onde a madrugada bate,
E me envolve como uma recordação duma outra pessoa
Que fosse misteriosamente minha. [...]

"Ode Marítima", de Fernando Pessoa

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Velha "Herança"!

O novo concurso da RTP1 que passa em horário nobre - e que pelos vistos já não é assim tão novo - vegeta numa completa banalidade: desde as questões colocadas (é mais um concurso todo ele mais ou menos intelectual - não há pulos, corridas, não há fisicidade) à apresentadora, que é confrangedora. Apenas a última fase do concurso é verdadeiramente aliciante. tudo o resto é banalmente pobre e insuportável. Francamente, o público português, que não reputo por tão burro como se possa pensar, merecia muito MAIS. E estão a oferecer-nos o mesmo, ou talvez menos. Malato, regressa rapidamente!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

As minhas (cinco) leituras

Desafiado pela Liliana, aí vão os cinco livros que, ou ando a ler, ou gostei de ler.

1. "Madame Bovary", de Gustave Flaubert.
2. "O Castelo", de Kafka.
3. "Escrever em Português - Didácticas e Práticas", Maria Luísa Alvares Pereira- um livro sobre o que devem e como devem escrever os alunos de hoje.
4. "Gramática da Língua Portuguesa", de Maria Helena Mira Mateus (et aliae) - para um descrição mais satisfatória e mais alargada do português.
5. "Cem Anos de Solidão", de Gabriel Garcia Marques - leitura antiga, mas de que GOSTEI.

Do tamanho do mundo - Arrepiante!

O carrocel dos sentimentos - inesquecível!

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Energias renováveis: um assunto urgente! (em estilo panfletário!)

Este é evidentemente um assunto muito importante: usar as energias que nos ficam mais baratas, que menos impacte produzem no meio ambiente e que reduzem as importações estrangeiras (de petróleo, de gás natural). Não estão à vista as inequívocas vantagens do uso das energias renováveis num país que as tem de sobra? Energia solar, energia eólica e energia das ondas, entre outras energias renováveis, Portugal possui de sobra. Para dar e vender. E poderíamos eventualmente vendê-las, se aplicássemos as tecnologias necessárias e as políticas inadiáveis. Algumas desvantagens e as pressões políticas não nos podem demover de reconhecer as óbvias vantagens das Renováveis.

Um site: www.energiasrenovaveis.com

Um livro: Energias renováveis - uma opção inadiável, de Manuel Collares-Pereira (obra de referência)

domingo, 1 de julho de 2007

Jornalista revolta-se e queima as últimas informações sobre o "caso" Paris Hilton

Aconteceu no canal MNSBC: descontente com mais uma não-notícia, uma jornalista rasga papéis sobre a prisão de Paris Hilton.
Este parece um caso simples, de puro espectáculo, mas não é. É revelador de como as notícias se tornaram uma mercadoria para as grandes cadeias dos meios de comunicação. Caso sejam importantes ou não. Caso sejam verdadeiras ou se revelem puras falsidades (lembram-se do pianista alemão encontrado nas praias da Inglaterra e que não falava, coitadinho?). São estas cadeias que põem já há alguns anos o código deontológico dos jornalistas à venda. Isenção, verdade e interesse público que importância têm perante as audiências? O que interessa é vender (ter audiência): seja programas de entretenimento, sejam notícias. Não tenhamos dúvidas, a mercantilização das notícias veio para ficar, mesmo que se apure que dada notícia é uma não-notícia. Não admira assim que os jornais das nossas televisões cheguem a demorar hora e meia (e com a famigerada publicidade nos intervalos dos mesmos!).
Fica claro que o que interessa ao consumidor (como me custa usar esta palavra tão economicista...) é saber analisar, escolher, decidir sobre o que constitui ou não noticiário importante e verdadeiramente útil. Para isso, há critérios que definem o que é o que não é uma notícia...Sobre este tema da mercantilização dos meios de comunicação, vejam-se as obras sobre o assunto do galego Ignacio Ramonet, o director do Le Monde Diplomatique.