domingo, 23 de dezembro de 2007

Prenúncio, abrenúncio

Este é um prenúncio que se confirmará daqui a um ano, pois eu gosto de perscrutar a realidade e servir de oráculo de realidades pérfidas e inúteis. A Leopoldina...esse produto acabado da sociedade de consumo, há anos que acompanha sagradamente todos os nossos televisivos Natais. Todos os anos a Leopoldina nos torra os miolos na mais inútil publicidade, com a mais colante das músicas lusas nataleiras. Este ano as mesmas entidades entram-nos em casa com a Popota, a fiel sucessora da Leopoldina. Para o ano se confirmará aquilo que suspeito há pouco...que no Natal de 2008 teremos apenas a hedionda Popota a badalar nos nossos queridos televisores. Este é o ano de transição, o próximo o da confirmação...a ver se tenho ou não razão...e a Popota já vem embebida nas iniciativas solidárias que, embora louváveis, servem indisfarçavelmente para fortalecer a campanha promotora desse boneco que eu não sei o que representa. Tudo serve, carne para canhão, chamem-lhe o que quiserem: até a solidariedade conta na hora de fazer publicidade. desejam-se muitos e bons anos à hipopótama da quadra. Afinal, a leopoldina durou bem uns 15 anos, recordam-se?

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Este texto descritivo fala sobre o que é o Natal hoje: comida, compras e o "velho vermelhusco" com o seu cortejo de decorativos

ONDE ESTÁ O MENINO?


Maria José Nogueira Pinto
jurista
O único traço rico do meu presépio é conseguido pelas figuras, réplicas dos presépios barrocos italianos, o movimento elegante dos corpos, a doçura dos traços fisionómicos, a delicadeza das cores, o conjunto organizando-se numa coreografia de expectativa, de iminência de algo grandioso e há muito anunciado.

O musgo, que hoje já não tenho à mão de semear, veio do Horto e é tão espesso que mais parece artificial. Dois tarolos de lenha tentam reproduzir, nas extremidades, uma espécie de montes e colinas, com as quais pretendo enquadrar o vale onde vou deitar o Menino. Não resisto a colocar, em equilíbrio mais que precário no ponto mais alto desta composição, um tosco castelo para lembrar Herodes. E uma fonte de barro, vários pequenos espelhos a fingir lagos e rios, e duas pontes arquitectonicamente impossíveis como contributos para uma versão mais realista daquela improvável paisagem. Contemplo a minha obra sem grande orgulho. Excepto as figuras, claro!

Os pastores têm a mão sobre os olhos, perscrutando o horizonte; a mulher junto do poço, ergue a vasilha como que suspensa num momento de revelação; um outro sopra na sua gaita de foles como se lhe coubesse o dever de dar sinal, de anunciar o acontecimento; um camponês segura a cesta dos ovos como um bem precioso destinado à homenagem e ao reconhecimento de algo muito importante; os reis do Oriente não desiludem com as suas vestes de brocado e ouro velho, a sua alta estatura, a cor da sua pele e os seus presentes reais guardados em urnas que, mesmo na pequena dimensão das figuras, se percebem de ouro revestidas de pedras de preciosas.

No sopé do meu improvisado monte, protegido pela encosta, está o Menino. Deitado nas palhas, só tem umas faixas brancas a cobrir parte da sua nudez de recém-nascido. Ao lado, a Mãe debruça-se sobre ele, o movimento do corpo descreve esse impulso de protecção materna e a cabeça inclinada deixa adivinhar um olhar de desvelo. Um pouco mais afastado, num segundo plano, aquele que lhe estava destinado, José mantém-se de pé, numa atitude protectora.

História terrível, esta, em que se cruzam profecia, desígnio e mistério, que requer a nossa atenção humilde para deslindar os sinais de aparente contradição: o medo do rei Herodes, a matança dos inocentes, a fuga de Maria e José, as portas que se fecham, o parto num estábulo, as dores, o frio, a solidão e a pobreza. Mas também a estrela que guiou os reis do Oriente e os anjos que anunciaram a boa nova aos pastores.

Onde se tinha visto, alguma vez, o Divino descer voluntariamente à condição de humano, expor-se a todas as vulnerabilidades para estar entre nós, para que não ficássemos sozinhos? Uma história de esperança e de salvação. Esperança nos homens de boa vontade e caminho de redenção, libertador do jugo a que tantos estavam condenados.

O Natal é isto mesmo. Para os que têm fé, a renovação da Encarnação, de um poderoso e salvívico acto de amor. Para os que não têm fé, o aniversário de um homem que revolucionou o seu tempo, fez face aos poderosos, exaltou os humildes, lutou pela justiça e pela liberdade e, por isso, foi crucificado. Em qualquer caso, uma imensa prova de confiança na nossa pobre condição humana, que devia servir de motivo para alguma reflexão interior, sobre cada um de nós e os outros, todos os outros que vivem, ainda hoje, na privação da esperança e da dignidade.

Há dois meses que nos incitam a "brincar ao Natal", agora definitivamente transformado num entrudo pelo marketing desenfreado da sociedade de consumo. Só vejo o velho vermelhusco, o seu trenó e as suas renas, sinos, fitas e bolas, pinheiros de todos os tamanhos, comida e presentes. Uma sociedade infantilizada parece querer fugir de qualquer espiritualidade, recusar qualquer dimensão transcendental. Onde está, então, o Menino, a razão única desta efeméride, quer se acredite quer não, na sua divindade?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Reflexão esparsa

Vale a pena ler...


A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o quevier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo.Nós como matéria-prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais o que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do queformar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por umsó jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO. Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fossecorrecto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram
\u003cbr\>comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de \n\u003cbr\>\u003cbr\>IRS para não pagar ou pagar menos impostos.\u003cbr\>\u003cbr\>Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os\u003cbr\>\u003cbr\>directores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco\u003cbr\>interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois \n\u003cbr\>\u003cbr\>reclamam do governo por não limpar os esgotos.\u003cbr\>\u003cbr\>\u003cbr\>\u003cbr\>Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.\u003cbr\>\u003cbr\>Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é\u003cbr\>\u003cbr\>\n"muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, \u003cbr\>\u003cbr\>histórica nem económica. Onde os nossos políticos trabalham dois dias por\u003cbr\>\u003cbr\>semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, \n\u003cbr\>\u003cbr\>arreliar a classe média e beneficiar a alguns.\u003cbr\>\u003cbr\>Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas\u003cbr\>\u003cbr\>podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame. Um país onde uma\u003cbr\>\n\u003cbr\>pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um \u003cbr\>\u003cbr\>inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada\u003cbr\>\u003cbr\>finge que dorme para não dar-lhe o lugar. Um país no qual a prioridade de \n\u003cbr\>\u003cbr\>passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas \u003cbr\>\u003cbr\>coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.\u003cbr\>\u003cbr\>Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me \n\u003cbr\>\u003cbr\>sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de \u003cbr\>\u003cbr\>trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é\u003cbr\>\u003cbr\>culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã \n\u003cbr\>\u003cbr\>explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas \u003cbr\>\u003cbr\>dívidas. Não. Não. Não. Já basta.\u003cbr\>\u003cbr\>\u003cbr\>\u003cbr\>Como "matéria-prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta\u003cbr\>\u003cbr\>\nmuito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa. Esses",1]
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comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde osdirectores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há poucointeresse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é"muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde os nossos políticos trabalham dois dias porsemana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns.Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicaspodem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame. Um país onde umapessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentadafinge que dorme para não dar-lhe o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco éculpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta.Como "matéria-prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas faltamuito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa. Esses
\u003cbr\>defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa\u003cbr\>\u003cbr\>desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até \n\u003cbr\>\u003cbr\>converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade \u003cbr\>\u003cbr\>humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e\u003cbr\>\u003cbr\>honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR \n\u003cbr\>\u003cbr\>NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte...\u003cbr\>\u003cbr\>Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo \u003cbr\>\u003cbr\>que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima\u003cbr\>\u003cbr\>defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... \n\u003cbr\>\u003cbr\>Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto \u003cbr\>\u003cbr\>alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios\u003cbr\>\u003cbr\>que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu \n\u003cbr\>\u003cbr\>Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. \u003cbr\>\u003cbr\>Qual é a alternativa?\u003cbr\>\u003cbr\>Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a\u003cbr\>\u003cbr\>força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. \n\u003cbr\>\u003cbr\>E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou \u003cbr\>\u003cbr\>de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram,\u003cbr\>\u003cbr\>seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente \n\u003cbr\>\u003cbr\>abusados!\u003cbr\>\u003cbr\>É muito bom ser português. Mas quando essa Portugalidade autóctone começa \u003cbr\>\u003cbr\>a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação,\u003cbr\>\u003cbr\>então tudo muda..\u003cbr\>\u003cbr\>Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um \n\u003cbr\>\u003cbr\>Messias.\u003cbr\>\u003cbr\>Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada \u003cbr\>\u003cbr\>poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim,\u003cbr\>\u003cbr\>creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: \n\u003cbr\>\u003cbr\>desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e \u003cbr\>\u003cbr\>francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da",1]
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defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essadesonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real ehonestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte...Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria primadefeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os víciosque temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa?Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com aforça e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram,seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!É muito bom ser português. Mas quando essa Portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação,então tudo muda..Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um Messias.Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim,creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da
\u003cbr\>estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o \n\u003cbr\>\u003cbr\>responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) \u003cbr\>\u003cbr\>que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.\u003cbr\>\u003cbr\>Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO \n\u003cbr\>\u003cbr\>ME OLHAR NO ESPELHO.\u003cbr\>\u003cbr\>AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO. \u003cbr\>\u003cbr\>E você, o que pensa?.... MEDITE!\u003cbr\>\u003cbr\>\u003cbr\>EDUARDO PRADO COELHO\u003c/span\>\u003c/font\>\u003c/div\>\u003c/div\>\u003cbr\>\u003c/blockquote\>\u003c/blockquote\>\u003cbr\>\n\u003chr\>\nReceba as últimas notícias do Brasil e do mundo direto no seu Messenger! É GRÁTIS! \u003ca href\u003d\"http://alertas.br.msn.com/\" target\u003d\"_blank\" onclick\u003d\"return top.js.OpenExtLink(window,event,this)\"\>Assine já!\u003c/a\>\u003c/div\>\u003cbr clear\u003d\"all\"\>\n\u003cbr\>-- \u003cbr\>"Há Homens que lutam um dia, e são bons;\u003cbr\>Há Outros que lutam um ano, e são melhores;\u003cbr\>Há Aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;\u003cbr\>Porém há Os que lutam toda a vida\u003cbr\>Estes são Os imprescindíveis"\n\u003cbr\>\u003cbr\>B. Brecht\u003cbr\>\u003cbr\>\u003ca href\u003d\"http://prasinal.blogspot.com/\" target\u003d\"_blank\" onclick\u003d\"return top.js.OpenExtLink(window,event,this)\"\>http://prasinal.blogspot.com/\u003c/a\>\u003cbr\>\u003cbr\>Poupe papel. Antes de imprimir esta mensagem de correio electrónico pense bem se tem mesmo de o fazer. Lembre-se de que há cada vez menos árvores. \n\u003cbr\>Don't waste paper. Please consider the environment before printing this mail. \n",0]
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estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO. E você, o que pensa?.... MEDITE!

EDUARDO PRADO COELHO

Sim, vale a pena ler. E li.


É um texto muito interessante e difícil de engolir, enquanto português. Há várias perspectivas a considerar ou comentários a tecer.

- É um bom texto para dar o texto argumentativo: expressa as opiniões de um jornalista respeitado da nossa praça;

- os políticos podem não prestar, mas provêem do mesmo sítio. De todos nós, povo português, massa disforme, mais e menos culta, com mais e menos vícios.

- de facto, se precisássemos de um ditador, já o teríamos. Que tem sido Sócrates até ao momento, senão um grande implementador de políticas reformistas? Queiramos ou não, em Portugal é preciso uma maioria absoluta para governar. porque os políticos do centro não se entendem e vetam sempre consensos, acordos políticos. E há políticas que tem de ser feitas! Mas isso é claro. Posto isto, chamar ditador ao Sócrates é irrelevante. Mas outra coisa se impõe dizer: porque é Sócrates tão contestado (as suas políticas) por aqueles que o lá puseram? Afinal foi a tal maioria que o colocou à frente do país. Porque se queixam?? Eu começo a pensar que o Português não pensa como povo, como comunidade, mas pensa apenas naquilo que lhe convém mais. O Português não tem capela, tem capelinhas; e vai rezar à que mais lhe interessa, quando mais lhe interessa. E já agora, porquê o recurso batido e estafado à greve? Porque é que o Português só faz chinfrim quando lhe lesam a carteira. Isso demonstra um egoísmo horrível e hediondo. Um egoísmo sem saída e que é o papel químico da mentalidade do Português. A questão de mudar as mentalidades?...Mas a história das mentalidades é o que mais demora a mudar...E então em Portugal, país atávico e sem voz colectiva.

Ó, varrer o povo chaveiro e orgulhoso de carro à porta com uma saraivada de cultura, de limpeza cultural.

eu, eu ditador fiel, espalhar a educação como uma manta aquecedora que cobrisse todo um povo. Ilusões minhas decerto, ilusões de mudar Portugal.

Discutir os problemas na rádio


Eu oiço como nas rádios espanholas se discutem os maiores temas com a maior graça e seriedade conjugadas; discute-se o dia a dia e os problemas sérios e cruéis e quotidianos das pessoas; nas rádios portuguesas, uma chinfrineira musical contínua ocupa o espaço de discussão pública, ocupa o espaço destinado às palavras entaladas nas gargantas das pessoas, às seus desabafos, opiniões...Mas para isso era preciso ter radialistas à altura do pior radialista espanhol. radialistas que moderassem, conjugassem, opinassem, divertissem seriamente e orientassem as mentalidades, a mentalidade do Português e o esclarecessem. Vejo esse projecto cada vez mais acantonado. Vejo que as rádios só sabem dar música pífia, repetitiva e anestésica às pessoas, pois pertencem a grandes grupos socio-económicos que pouco ou nada querem saber das necessidades das pessoas, que pouco entendem e não querem entender os interesses nacionais. o único que lhes interessa é o do seu lucro e audiência. Como me desencanta, como me desagrada que os demais meios de comunicação sejam tão autistas nesta percepção das coisas: é como se estivessem deslocados, descentrados, sectorializados, não percebem os interesses da comunidade e não a servem nobremente. Ouça-se Carlos Paião na música "Telefonia nas ondas do Ar" e analise-se o que mudou. Pouco ou nada. É em vários casos piorou: faz-se publicidade a um livro ou a um CD não porque seja bom (e há análises - as recensões críticas - que podem ser feitas nesse sentido), mas porque a indústria que os quer vender pagou a essa rádio para fazer publicidade. E isto é também enganar o consumidor. E o consumidor precisa é de ser esclarecido, iluminado. Adorava estar em todas as esquinas de todas as ruas e em todas as lojas para dizer alarvemente: "Fraude, mentira, logro, fidelização do cliente, engano, borracheira noticiosa, publicidade enganosa, venda agressiva, extorsão, supérfluo"...

De facto, há que mudar as mentalidades e talvez os políticos mudem também.