quinta-feira, 31 de maio de 2007


É triste, mas é verdade. A indústria dos tapetes de Arraiolos agoniza perante a invasão chinesa. A pouca viabilidade económica já levou ao fecho de várias casas produtoras.

quarta-feira, 30 de maio de 2007




As obras deste pintor são um regozijo imediato aos olhos. As cores planturosas, exuberantes provocam uma séria estesia nos sentidos...
China e direitos humanos? A um ano dos Jogos Olímpicos, ainda é uma questão complexa.

domingo, 27 de maio de 2007

Tele-Visões - I


Poderá Federer tornar-se o melhor jogador de ténis de sempre? Se contarmos com as informações que a televisão pública nos transmite sobre este desporto, nunca o saberemos...De facto, nem quando Roger Federer ganhou o primeiro "Grand Slam" desta época - o torneio australiano, em Janeiro - a RTP fez eco de mais uma proeza do número 1 do ranking ATP. Portanto, e no começo do segundo "Grande Slam" - os Internacionais de França, vulgo Roland Garros -, não esperemos mais informações da parte de onde elas deveriam vir. A RTP comporta-se de um modo assaz estranho para quem se arroga o direito de ser televisão pública e paga pelos portugueses. Já o futebol tem honras televisivas, entrando-nos em casa, não pelo segundo canal - onde a maior parte dos jogos deveriam com efeito ser difundidos -, mas pela porta da frente, pela RTP 1. Acho revoltante a perspectiva lobbyista de silenciar uns desportos e de pôr outros - leia-se futebol - nos "cornos da lua". A programação desportiva do canal público dá assim uma péssima ideia das prioridades que a norteiam, chegando a passar jogos de futebol de importância perfeitamente secundária - jogos amigáveis, jogos de apuramento de sub-19 - na RTP 1. Se bem me recordo, a congénere espanhola (RTVE1) só se dá a esse luxo - numa exacta medição do que é e do que não é serviço público - quando sabe que está a lidar quase com símbolos nacionais (um Fernando Alonso, um Real Madrid, um Rafael Nadal...). Talvez então que os programadores da RTP devessem fazer um breve reflexão sobre a RTVE e que não custa nada - basta analisar a sua programação - para passarem a ter a noção das prioridades e das conveniências num canal que se quer de todos e que não esteja - lobisticamente, parece-me - refém do "campo" (na acepção de Bourdieu) futebolístico. A não ser que digamos, quase como Fernando Pessoa: Portugal, hoje és (só) futebol.

Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
mas não servia ao pai, servia a ela,
e a ela só por prémio pretendia.

Os dias, na esquivança de um só dia,
passava, contentando-se com vê-la;
porém o pai, usando de cautela
em lugar de Raquel lhe dava Lia.

Vendo o triste pastor que com enganos
lhe fora assi negada a sua pastora,
como se a não tivera merecida;

começa de servir outros sete anos,
dizendo: - Mais servira, se não fora
para tão longo amor tão curta a vida.

Não sei porquê.., mas as pinturas de Juan Miró sempre me atraíram. Acho que é pela explosão do colorido e também pela combinação das próprias cores...
Horrível, horrível o que se faz por essas escolas...Atemorizados, os rapazes não sabem onde se enfiar, xingados que são pelos colegas "mais fortes". Como é óbvio, falamos de violência física e psicológica sobre os mais fracos e que não aprendeream a defender-se... São vinte por cento os alunos agredidos nas escolas portuguesas, segundo um estudo recente.

sábado, 26 de maio de 2007

Covilhã, cidade neve

Sem saber de quê, lanço meus posts para a blogosfera,
na certeza de serem lidos por uma imensa minoria; foi até por emulação que decidi criar um blogue. Pensei: deve ser interessante fazer eco aqui do meu próprio pensamento e do de outras pessoas, na medida em que um blogue é, em vários sentidos, uma manta de retalhos. Textos de várias pessoas fazem ricochete no hipertexto mediático-virtual. Pensei: talvez não seja desinteressante participar nesta comunidade virtual, liberando assim um pouco da minha cidadania. Oxalá não me arrependa...