quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Que grande canção!

terça-feira, 28 de agosto de 2007

PARABÉNS, NÉLSON ÉVORA!


PARABÉNS!

Quem se pode eximir de dar os Parabéns ao nosso jovem atleta Nélson Évora que triunfou sobre a forte concorrência e atingiu o cume mundial da sua especialidade, o triplo salto? Foi com a marca de 17m74cm que o jovem de 23 anos se abalançou ao dourado título mundial, em Osaka, Japão, durante os Campeonatos do Mundo de Atletismo, que se realizam de 2 em 2 anos.

Quem se está a redimir do desaire nos 100m é Obikwelu. O atleta de origem nigeriana fora desclassificado, pois incorreu no erro de uma falsa partida, depois de um outro o ter já feito. Obikwelu viu-se assim impedido de prosseguir nas qualificações. Agora, nos 200m, o atleta português já se encontra qualificado para as semi-finais. Arnaldo Abrantes, que corria também nesta prova, apurou-se para a segunda ronda, o que de certa forma constituiu uma surpresa na selecção portuguesa de atletismo. O jovem de apenas 20 anos bateu a sua marca pessoal e quase que era apurado para as meias finais desta especialidade, pois cortou a meta em 5.º lugar, sendo que os 4 primeiros a fazê-lo seriam apurados. Os meus sinceros parabéns também a este muito jovem atleta que se superou a si mesmo.

Naide Agomes, por seu lado, terminou a final do salto em comprimento em 4.º lugar, tendo as russas arrebatado o pódio por completo. Durante a maior parte do tempo da final, a portuguesa manteve-se na segunda posição, mas no último ensaio duas atletas russas saltaram mais, saltando assim para as 2.ª e 3.ª posições. Os meus parabéns também a uma brava Naide Gomes.

sábado, 25 de agosto de 2007

Bons ventos e melhores casamentos: famílias mudam-se para Espanha.

O XVII Governo Constitucional acaba de promulgar um novo Decreto-Lei no qual prevê a construção de um único distrito escolar em Vila de Rei, centro geográfico de Portugal, para onde hão-de convergir todos os alunos em idade escolar.

Numa clara tentativa de rentabilizar os recursos humanos que possui, o Ministério da Educação decidiu-se pela escola mínima e vai obrigar todos os alunos a deslocarem-se a Vila de Rei para terem a sua DDR (dose diária recomendada) de educação. Para isso reconverter-se-ão alguns edifícios já existentes naquela localidade, enquanto outros serão construídos de raíz.

Quem já demonstrou o seu desagrado por esta notícia foram os encarregados de educação dos alunos – nomeadamente os das regiões do Minho e do Algarve – que ficam agora obrigados a fazer uns quilómetros adicionais para ir pôr a sua prole na única escola do país que lhes está destinada.

Já em Vila de Rei, a população está muito esperançada com esta medida, pois, nas palavras do senhor Luís Picanço, jogador de dominó a tempo inteiro e edil nas horas vagas, "irá trazer muitos recursos e desenvolver a região".

A ministra já veio agradecer a disponibilidade daquele município e reafirmar, por outro lado, a boa vontade das famílias das nossas crianças e jovens, considerando que “tudo correrá pelo melhor”. Tendo em conta a considerável redução no número de vagas no concurso de professores, Maria de Lurdes Rodrigues já tem prevista uma medida que bem poderá tornar-se no novo desporto nacional. Assim, e nas suas palavras: “Emigrem.”

Esta já era uma medida aguardada pelos sindicatos de professores há algum tempo, tendo em conta que a taxa de natalidade desceu pelo 5.º ano consecutivo, pelo que havia escolas com turmas de poucos alunos. Joaquim Robespierre, chefe das hordas sindicais, acusou de inconstitucional a proposta do governo e prometeu já uma série de acções contra o decreto.

Em Vila de Rei, para onde já se dirigiram empresários na área da hotelaria e da construção civil, serão criadas super-turmas com mais de 100 alunos cada, onde, para se entenderem, todos falarão em inglês recém-aprendido. Espera-se, assim, que os alunos possam desenvolver plenamente as suas competências. Existe a convicção por parte do ministério que, se forem dadas as condições adequadas, todos sairão vitoriosos desta verdadeira paixão que é a educação.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

A javardeira geral continua

Continua a verificar-se um verdadeiro alarde javardeiro em volta do caso McCann. Os meios de comunicação em geral não têm notícias para dar; o que noticiam então? Conjecturas, sugestões, propostas, possíveis mentiras, isto é, uma verdadeira javardeira noticiosa sem conteúdo nem sentido. Audiência, a quanto obrigas!

E um país como o nosso que precisava tanto de ser educado... orientado... A televisão não tem ainda incutida essa preocupação de ajudar o país, antes se serve dele, desorientando-o, desnoticiando-o.

Atenção ao ténis e ao atletismo, gente!!

Para dizer que esta sexta-feira começam já os chamados Mundiais de Atletismo. Realizam-se de dois em dois anos e são só o segundo certame mais importante do Atletismo, a seguir aos todo cobiçados Jogos Olímpicos (já para o ano em Pequim). Os Mundiais de 2007 vão realizar-se em Osaka, Japão e contam com a presença de muitas figuras de proa do atletismo português como Alberto Chaíça e Luís Feiteira (na maratona), Rui Silva (1500 m), Obikwelu (100 e 200 m), Naide Gomes (salto em comprimento), Nelsón Évora (triplo salto) ou Susana Feitor (nos 20 Km de marcha)...

No campo do ténis, está à porta o Open dos Estados Unidos, o último Grand Slam da época. Começa no dia 26 de Agosto mais um ataque à liderança quase indisputada de Roger Federer, que irá defender em Flushing Meadows o título conquistado no ano passado, ele próprio já uma revalidação das duas épocas anteriores. Os grandes opositores que se perfilam são Rafael Nadal e Novak Djokovic e é bem provável que um destes vença, pois Federer não se tem encontrado tão forte esta época como estava na precedente. Lembre-se, contudo, que Federer conquistou já dois dos três Grand Slams da presente época. Vença quem vencer, espera-se muito e bom ténis.


quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Poema ecológico (chave do mistério)

Quando os carros voarem, o homem português ficará nu, como um rei.
E a vida agreste e natural ficará livre.
Se os carros voassem, a vida social talvez se reconvertesse e ficasse mais igual.
Quando os carros voarem, não ficaremos pobres, ficaremos como reis da natureza...purificados para nossos irmãos e filhos espirituais.
Mas, em Portugal, os carros ainda não voam.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

A música, a voz e o vídeo

A série televisiva "Erva": estar na corda bamba


A série televisiva "Erva" já vai no 4.º episódio e é um grande texto argumentativo sobre um tema: as (várias) drogas.

Nancy Botwin, após a morte do marido, tem que sustentar a família e, não tendo trabalho, decide começar a vender droga, apesar de não a consumir. Todo o enredo da série se desenvolve à roda desta situação inicial.

Mantendo uma pastelaria de fachada para camuflar o pequeno negócio que gere, Nancy vai surpreendendo os telespectadores com os seus comportamentos e atitudes: mãe estremosa e rígida, negociadora calculista e inteligente, tanto mantém relações com a superfície social da cidade onde vive, Agrestic, como se relaciona com o submundo da droga, através da sua fornecedora do "material", Heylia.


Para mim o essencial da série, para além dos diálogos muito interessantes, reside nas reacções das várias personagens à intrusão do "material" ilícito num mundo dito normal, isto é, nas alterações e desenvolvimentos (bons e maus) provocados pelo negócio de Nancy. É nesta teia de desenvolvimentos que a série vai desdobrando os seus argumentos a favor e contra o levar a cabo o negócio da venda de droga (a adultos). Será que é assim tão condenável? Qual é o mal em vender um pouco de droga aqui e além para ir sobrevivendo? Estas são as perguntas que parece que os episódios nos vão fazendo...

Nancy ir-se-á confrontar com várias "forças" que a obrigarão a fazer um exame de consciência sobre a actividade que gere. Em primeiro lugar confrontar-se-á com a autoridade, sendo por várias vezes perdoada, quando é apanhada com alguma quantidade de droga.
Em segundo lugar viverá o confronto com os familiares mais próximos, nomeadamente os filhos, que educa com mão de ferro. Silas, o mais velho já desconfiava que a mãe vendesse droga; o que resulta numa perda parcelar de autoridade materna para Nancy, quando um dia Silas é levado por um polícia para casa, porque estava pedrado.
Como sente que não vive uma vida totalmente isenta, Nancy vai adiando o amor, outra força com a qual terá que confrontar, na pessoa do professor de ginástica de Shane.

Outros temas abordados na série, ainda que de raspão apenas, têm sido a homossexualidade, o multiculturalismo (o melting pot americano) e a guerra no Iraque. Mas para mim continuam a ser os dilemas de Nancy Botwin o mais interessante motor de "Erva".

domingo, 19 de agosto de 2007

Gritar nos ouvidos dos que fazem os programas televisivos e dizer-lhes aquilo que acho e achamos muitos sobre "A Herança de Verão"

Esta foi a breve nota enviada mailicamente à RTP:

"Dúvidas, Sugestões, Opiniões - Tudo o que esperamos de Si!" é o nome desta rubrica e é com esses objectivos, por vossas excelências assim autorizados, que este mail se propõe e impõe. Este mail é uma lista de opiniões e de sugestões sobre um programa que, emitido em horário nobre, tem roçado muitas vezes a banalidade. Falo claramente da "Herança de Verão", no qual uma apresentadora se pavoneia como se estivesse a ter o melhor desempenho possível e esperável neste género de programas, um concurso. Mas sobre esta pivot eu não falarei (mais). Falarei, isso sim, sobre momentos, vícios, tempos mortos, erros crassos de que o programa enferma na sua própria lógica.

Já não falarei sobre dadas etapas do programa, que mais parecem premiar a estupidez do que a demonstração do saber - sobretudo, a primeira fase e a segunda. Já não falarei da chamada "batata quente", fase do concurso cujo objectivo não percebo qual é. Com efeito, nesta fase, há uma pergunta - sem grande interesse e à qual ninguém com a tal cultura geral média/boa sabe responder - que se destina a eliminar um dos concorrentes. Ora, é assim uma questão de sorte e não de saber!

Já não falarei das perguntas do "Duelo", difíceis até mais não, e sem qualquer interesse, pois não testam a tal cultura geral! Aqui faço uma paragem e grito a plenos pulmões: Como se pode apresentar na RTP um programa com todas estas deficiências e gerido da forma como é? Como é possível? Os portugueses não merecerão mais? Não mudaremos o programa, mas gritaremos aos ouvidos dos que o fazem!

Não é com a intenção de denegrir gratuitamente um programa que escrevo este mail; acho que devemos ser humildes e reconhecer que podemos sempre fazer melhor; a questão não é o espectador, desenganemo-nos, a questão são as debilidades de um programa em horário nobre. Será honesto que as reconheçamos, será honesto sermos humildes...

Essas debilidades aponto-as a dedo para que se saiba, gritadamente, quais são – mas não com a esperança de que venham a ser corrigidas:

  1. Por que razão bate o público palmas desalmadamente? Em qualquer ocasião do programa, o nosso público só se sabe manifestar com palmas, mesmo em momentos em que não fazem qualquer sentido. É ridículo e dá a impressão que o público, embora não esteja amestrado, está anestesiado…Será? Sugestão: gerir melhor a participação do público. Estou certo de que José Carlos Malato o saberá fazer.

  1. Que ideia é essa de pedir ao público que repita o número de telefone do concurso de casa? Fá-lo-ão com gosto? Estão por lei obrigados a isso? Tem alguma lógica que o façam? Eu bem digo que os nossos públicos estão anestesiados…Sugestão: quem mande que acabe com isso.

  1. No “Duelo”, que sentido faz que “se ponham lado a lado” os concorrentes para transferências da quantia acumulada, se a vimos passar no momento anterior sobre a bonita mesa do programa. Esta a mim abisma-me e revolta-me. Estamos em horário nobre!

Reafirmo, para terminar, a minha confiança na capacidade de reflexão de quem produz “A Herança de Verão”, no sentido de acolher benignamente todas as perplexidades e sugestões suscitadas por um programa que está longe de ser divertido e que está muito mais longe ainda de ser perfeito. Mas pode aperfeiçoar-se… Assim o desejem vossas excelências.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Sondagem: Pinto da Costa iria para a Polinésia Francesa ( e já agora descubra as incoerências)


Questionada acerca do que faria a Jorge Nuno Pinto da Costa, se
pudessem, a nossa amostra revelou dados muito interessantes. 68% dos nossos inquiridos pronunciou-se a favor de uma ida do presidente do FCP para a Polinésia Francesa; já 16% respondeu que preferia vê-lo a lavar bancas no mercado do Bolhão, enquanto 12% gostaria que desse lugar aos mais novos no cargo de maior proeminência social que ocupa. 4% da nossa amostra escolheu não responder, por respeito aos cãezinhos do visado.

Para esta sondagem foram realizadas, entre 13 e 16 de Agosto, 22,5 entrevistas telemóvicas, das quais 419 foram a mulheres. A margem de erro situa-se nos 97,5 por cento.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

domingo, 12 de agosto de 2007

100 anos passados do nascimento de Miguel Torga


Para que vos ventem nos ouvidos, queridos ignorantes, aqui se expõe ao vento os versos de Miguel Torga, na efeméride do seu centenário...

Orfeu rebelde, canto como sou:
Canto como um possesso
Que na casca do tempo, a canivete,
Gravasse a fúria de cada momento;
Canto, a ver se o meu canto compromete
A eternidade no meu sofrimento.

Outros, felizes, sejam rouxinóis...
Eu ergo a voz assim, num desafio:
Que o céu e a terra, pedras conjugadas
Do moinho cruel que me tritura,
Saibam que ha' gritos como há nortadas,
Violências famintas de ternura.

Bicho instintivo que adivinha a morte
No corpo dum poeta que a recusa,
Canto como quem usa
Os versos em legitima defesa.
Canto, sem perguntar à Musa
Se o canto é de terror ou de beleza.

Toquem os sinos para que se ouça em todo o orbe terrestre e ressoe nos interstícios dos confins do mundo!

Mais uma pessoa debaixo do tecto do mundo. Mais um bebé nasceu e para ele deseja-se o que mais se quer: toda a Felicidade do mundo!

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Não gosto!

Não gosto do modo como as televisões e demais meios de comunicação estão a explorar selvaticamente o caso Madeleine McCann. Há dias que um recrudescimento do interesse no caso se baseia em poucas notícias e em muitíssima especulação por parte desses meios de comunicação, o que me desagrada. Como cão ao osso, as televisões abocanham qualquer vestígio remoto de informação, qualquer nova pequena ideia, mesmo que infundada, mesmo que puramente conjectural, para despejar no ouvido e nos olhos dos telespectadores um chorrilho de semi-notícias e de não-notícias....Porque notícias a sério sobre este caso, nem uma sequer nestes últimos dias tem havido. A tirania das audiências é mortífera e a primeira coisa a morrer é o jornalismo com qualidade e isento.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Isto é o que se chama fazer pressão, senão leia


Um indiano, amante da res alheia, roubou e engoliu um colar caríssimo. Logo a polícia o obrigou a comer um sem número de bananas, mas até ao momento ainda não temos notícias do renitente colar...

domingo, 5 de agosto de 2007

O Irão e os direitos humanos

O governo do Irão mandou enforcar na semana passada 16 pessoas. Jornalistas e homossexuais não são bem-vindos naquele país.

Governo chinês abranda um pouco porque os Jogos Olímpicos avançam

O governo da China mandou retirar avisos à população sobre a política de natalidade. Segundo o Portugal Diário expressões como "tem menos filhos e mais porcos" foram subtraídas à vista dos chineses. Por causa dos Jogos Olímpicos...

Futebol já é o ópio do povo!

O algodão não engana e as estatísticas também não. A julgar pela votação em decurso neste blogue, o futebol é o verdadeiro ópio do povo. Mesmo quando não há futebol propriamente dito. São dois terços das pessoas que o afirmam segundo esta votação e nem a forte concorrência da sinistralidade rodoviária nem a frequência compulsiva de livrarias e bibliotecas por parte dos portugueses conseguiram bater aquele que já é o verdadeiro ópio do povinho português.