domingo, 1 de julho de 2007

Jornalista revolta-se e queima as últimas informações sobre o "caso" Paris Hilton

Aconteceu no canal MNSBC: descontente com mais uma não-notícia, uma jornalista rasga papéis sobre a prisão de Paris Hilton.
Este parece um caso simples, de puro espectáculo, mas não é. É revelador de como as notícias se tornaram uma mercadoria para as grandes cadeias dos meios de comunicação. Caso sejam importantes ou não. Caso sejam verdadeiras ou se revelem puras falsidades (lembram-se do pianista alemão encontrado nas praias da Inglaterra e que não falava, coitadinho?). São estas cadeias que põem já há alguns anos o código deontológico dos jornalistas à venda. Isenção, verdade e interesse público que importância têm perante as audiências? O que interessa é vender (ter audiência): seja programas de entretenimento, sejam notícias. Não tenhamos dúvidas, a mercantilização das notícias veio para ficar, mesmo que se apure que dada notícia é uma não-notícia. Não admira assim que os jornais das nossas televisões cheguem a demorar hora e meia (e com a famigerada publicidade nos intervalos dos mesmos!).
Fica claro que o que interessa ao consumidor (como me custa usar esta palavra tão economicista...) é saber analisar, escolher, decidir sobre o que constitui ou não noticiário importante e verdadeiramente útil. Para isso, há critérios que definem o que é o que não é uma notícia...Sobre este tema da mercantilização dos meios de comunicação, vejam-se as obras sobre o assunto do galego Ignacio Ramonet, o director do Le Monde Diplomatique.

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