quarta-feira, 27 de junho de 2007

Dança daqui para fora!

O programa "Dança Comigo" já vai na terceira edição e já enjoa. Não é que o veja sempre; vejo-o às vezes e só durante alguns minutos. Mas é o que basta para me deixar, consumidor (cada vez menos assíduo) do produto televisivo, largamente insatisfeito. Ora aqui vai o rol de críticas a este programinha inócuo:

1. os dançarinos escolhidos, personalidades mais ou menos públicas, fazem o que conseguem para dançar bem - mas isso, dançar bem, raramente acontece. Por que é que somos obrigados a ver uns monos que não sabem dançar?

2. A apresentadora, conhecida de todos vós, não deixa de ter uma presença agradável. Mas é só isso que tem. Os diálogos que entabula com os dançarinos são de um vazio deplorável, assentes em banalidades e sem interesse. E dá-me a impressão que faz o programa como quem está a beber café com leite. É isso mesmo, a rapariguinha não tem interesse público algum. Privado, sim: perguntem às "Novas Gentes" e outras revistas do cor-de-rosa. Conclusão: a Catarina Furtado devia ser cada vez menos pública e mais privada.

3. O júri: Só reconhecemos a um dos constituintes do júri, Marco de Camillis, a competência para ajuizar da prestação de cada um dos concorrentes. Todos os outros que lá estão, parece-me que só lá se encontram para "encher". Mas encher o quê? Só se enche o que está vazio...Ainda estamos à espera que nos expliquem o que fazem João Baião e São José Lapa no júri. Será por apoio desinteressado ao programa?

4. Outro vazio. Este é verdadeiramente notável. Tratando-se de um concurso, de uma competição, costuma haver um elemento lá para o final... Qual será? Exacto. Acertaram. É esse mesmo. Mas, neste programa não existe. Não há qualquer prémio, uma recompensa. Para mim, é como se fosse ver uma tragédia e não morresse ninguém. (E este programa bem o merecia). Quer dizer, é de uma inconsistência!


A banalidade do júri, a banalidade da apresentadora, as danças que já vimos milhentas vezes e o vazio de uma recompensa fazem deste programa uma autêntica sensaboria. Que o povinho continua a comer, pelos vistos...

1 comentário:

Liliana F. Verde disse...

Bom, eu já deixei mesmo de ver televisão. Acho que até já dispensava essa caixa lá em casa.
Limito-me a ver o "Sociedade Civil" e as "Notícias" pela Internet.
Eu cá prefiro mesmo a rádio.